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Reforma cara, resultado esquecido: o vagão cultural de Andradina segue abandonado após gastos públicos de mais de R$ 80 mil

O chamado “vagão cultural” de Andradina, instalado na Avenida Acácio e Silva, ao lado do camelódromo, deveria ser um ponto de orgulho, história e turismo local. Projetado para valorizar a memória ferroviária da cidade e servir como espaço de convivência e exposições, o local hoje enfrenta uma realidade bem diferente: portas fechadas, estrutura deteriorada e nenhuma atividade cultural visível.

Entretanto, o que mais chama atenção é o montante investido pelo poder público municipal nos últimos meses. Documentos oficiais de autorizações de despesas assinadas pelo prefeito Mário Celso Lopes revelam que a Prefeitura desembolsou mais de R$ 85 mil em reformas, equipamentos e decorações relacionadas ao vagão.

Gastos que somam mais de R$ 85 mil

De acordo com as publicações oficiais:

  • R$ 53.900,00 foram pagos ao empresário Bruno César da Silva Miguel para a reforma completa do vagão, com a justificativa de garantir condições adequadas para visitação pública.

  • R$ 12.198,00 foram destinados à empresa Elaine Cristina Paulino Ltda para a compra de uma TV Smart e um fogão cooktop, supostamente para equipar o espaço.

  • R$ 9.520,00 foram pagos ao artista Tiago Dezidério da Silva por uma decoração artística nas laterais do vagão, transformando o local em ponto fotográfico.

  • E mais R$ 9.520,00, também ao mesmo artista, por uma pintura temática retratando pontos turísticos e históricos da cidade.

Somando os valores, o investimento total ultrapassa R$ 85 mil, todos pagos por dispensa de licitação, conforme prevê a Lei Federal nº 14.133/2021.

Mas onde está o resultado?

Passados meses desde os anúncios e publicações, quem passa pela Avenida Acácio e Silva encontra um cenário de abandono e descaso. O vagão, que deveria abrigar um centro de cultura, turismo e arte, permanece fechado, sem uso e com sinais de deterioração visíveis.

Moradores da região relatam que o espaço raramente recebe manutenção e que, apesar das promessas de se tornar um ponto turístico, nunca chegou a funcionar efetivamente como tal.

“Foi bonito no começo, quando pintaram e tiraram fotos, mas agora tá parado. Dinheiro gasto pra nada”, comenta um comerciante do camelódromo que preferiu não se identificar.

Transparência e responsabilidade

Os documentos de autorização deixam claro que todas as contratações foram feitas de forma direta, com base na nova Lei de Licitações, que permite esse tipo de procedimento para valores de menor monta.
No entanto, a falta de resultados concretos e de transparência sobre o uso do espaço levanta questionamentos sobre a eficácia e o acompanhamento dos investimentos públicos.

Sem prestação de contas visível, a população fica sem saber o destino final do dinheiro e sem poder usufruir do que foi prometido como novo atrativo turístico e cultural.

De símbolo cultural a exemplo de desperdício

O vagão, que poderia ser um marco da história ferroviária de Andradina, hoje se tornou símbolo de descuido e má gestão.
Enquanto o município destina recursos significativos para revitalizações e projetos turísticos, falta planejamento e continuidade para transformar o investimento em benefício real à comunidade.

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