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Prefeitura gasta mais de R$15 mil para instalar som na rotatória do Rei do Gado — e moradores questionam se a cidade precisa de mais barulho ou de mais bom senso.

Uma decisão da Prefeitura de Andradina chamou a atenção (e os ouvidos) nesta semana. Publicado no Diário Oficial do Município de 6 de outubro, o prefeito Mário Celso Lopes autorizou a instalação de um sistema de som na rotatória do Trevo da Avenida Guanabara, local conhecido pelo monumento da Comitiva Rei do Gado — símbolo cultural e turístico da cidade.

O contrato, no valor de R$ 15.150,00, foi feito por dispensa de licitação, nos termos da nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021), e a empresa contratada é a Walcir Som e Imagem.

Segundo o documento oficial, o objetivo é apenas “a instalação de um sistema de som”, sem especificar o tipo de conteúdo que será reproduzido nem o propósito do equipamento.

A notícia, porém, vem despertando críticas e ironias nas redes sociais.

“Será um som ambiente para homenagear a cultura local ou uma caixa berrando sertanejo para quem passa pelo trevo?”, questionou um morador em tom de sarcasmo.

Em tempos em que problemas urbanos básicos — como buracos, iluminação precária e falta de sinalização — seguem sem solução, a instalação de um sistema de som fixo soa, no mínimo, desafinada com as necessidades da população.

E há um detalhe importante: o uso de som alto em vias públicas é regulado por lei. De acordo com a Lei de Contravenções Penais (art. 42) e também com a Lei do Silêncio, qualquer emissão sonora que perturbe o sossego público após as 22 horas é passível de multa e até detenção.

Ou seja, se o novo equipamento for usado sem controle de volume ou fora do horário permitido, o próprio poder público poderá estar violando uma norma que ele deveria fiscalizar.

A rotatória é uma das principais portas de entrada de Andradina, por onde passam centenas de motoristas todos os dias. A dúvida é se o tal sistema de som trará uma experiência harmônica — com músicas suaves que valorizem o monumento — ou se transformará o local em um palco de barulho constante, com volume  de som de Berrantes ou  até com tambores da África.

Sem informações oficiais sobre o tipo de programação, horários ou critérios técnicos, o projeto segue envolto em mistério. O que se sabe é que, para parte dos moradores, essa é mais uma iniciativa que parece fazer barulho demais e sentido de menos.

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