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O Conselho Municipal de Saúde de Andradina iniciou oficialmente o biênio 2026–2027 com a posse de novos representantes, em um momento marcado por discursos sobre fortalecimento da participação popular, ampliação da autonomia do órgão e necessidade urgente de fiscalização mais efetiva sobre os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Pela legislação, a composição segue o padrão nacional: 50% de usuários, 25% de trabalhadores da saúde e 25% de gestores e prestadores. A estrutura garante, na teoria, a predominância da voz da população sobre as decisões e estratégias adotadas no setor.
Apesar disso, persiste uma dúvida central — expressa abertamente nas falas do evento: o Conselho está realmente acompanhando a gestão da saúde em Andradina?
A conselheira Maristela ressaltou que o Conselho tem função direta na elaboração de políticas públicas e na fiscalização da execução das ações da Secretaria de Saúde. Trata-se de um órgão que, quando atuante, possui poder real de influenciar decisões, corrigir falhas e garantir o uso correto dos recursos.
No entanto, usuários e servidores frequentemente questionam se essa atuação tem sido efetiva no município.
Entre os novos membros, Willian Rosa, um dos representantes dos usuários destacou sua trajetória até a eleição:
“Entrei no Conselho com os dois pés atrás”, disse, ao lembrar de sua participação em meio aos 29 inscritos e ser eleito com 18 votos.
Ele afirmou que pretende atuar com firmeza para garantir que o biênio 2026–2027 seja de avanços e mais fiscalização, especialmente em relação à demanda reprimida em especialidades médicas , um dos principais gargalos da saúde pública local.
Os discursos destacaram avanços importantes, como:
Essas medidas, entretanto, ainda estão em fase de implementação e dependem diretamente da Secretaria de Saúde para tornarem-se realidade. A estrutura é vista como essencial para aproximar o Conselho da população e torná-lo mais acessível.
Representantes da Secretaria defenderam que o Conselho é parte importante da gestão e um aliado na discussão dos problemas e estratégias. Reconheceram que dificuldades são muitas e que o órgão pode ajudar na construção de soluções.
Contudo, a prática ao longo dos últimos anos mostra que nem sempre o diálogo acontece na intensidade e transparência desejadas e isso segue como um dos maiores desafios para o novo biênio.
O novo conselheiro destacou novamente a urgência em acompanhar e fiscalizar as filas de especialidades médicas, que afetam diretamente a população e geram insatisfação crescente.
“É dever do Conselho fiscalizar o acesso a especialidades. A população sofre e precisamos dar respostas.”
Apesar da posse simbólica dos novos representantes ser realizada na última sexta-feira(28) a lista oficial com os nomes dos eleitos para compor o Conselho Municipal de Saúde ainda não foi divulgada pela Secretaria de Saúde de Andradina.
O novo biênio do Conselho Municipal de Saúde começa com discursos otimistas e promessas de fortalecimento. No entanto, há uma cobrança clara: que o órgão funcione na prática, seja atuante, fiscalize, proponha e dialogue diretamente com a população.
