O que era para ser uma sessão ordinária da Câmara Municipal de Andradina acabou se transformando em um palco de confronto político, revelando um clima de hostilidade que já não é mais novidade nos bastidores do Legislativo.

Durante a reunião, a vereadora Elaine usou a palavra “pela ordem” para acusar que o Regimento Interno da Casa estaria sendo aplicado de forma seletiva, insinuando que estaria sofrendo perseguição por parte da Mesa Diretora.

“Eu gostaria que o regimento fosse para todos e que essa perseguição não fosse contra mim”, disparou Elaine, em tom firme e com recado direto.

O presidente da sessão, vereador Edgar, tratou de rebater de imediato. Ele defendeu a regularidade do procedimento, explicando que a presença de uma colega parlamentar foi registrada antes do fechamento do painel eletrônico, o que justificaria sua participação na votação.

A troca de falas rapidamente se acirrou. Ambos passaram a pedir que o outro “falasse baixo” e “respeitasse” a condução dos trabalhos, enquanto mantinham a discussão sobre prazos e horários exatos da votação — um detalhe que, na prática, esconde uma disputa muito maior: a disputa por espaço político e poder dentro da Câmara.

O episódio traz à tona um problema recorrente no Legislativo andradinense: a politização de questões regimentais como ferramenta de embate pessoal. Ao acusar perseguição e desigualdade na aplicação das regras, Elaine não apenas questiona a condução da sessão, mas também lança luz sobre possíveis alianças e alinhamentos internos que influenciam o funcionamento da Casa.

A discussão, transmitida ao público, reforça a percepção de um Legislativo fragmentado e mais focado em disputas internas do que em debates de interesse coletivo. Se a acusação de perseguição se confirmar, estaremos diante de um caso grave de quebra de imparcialidade na condução das sessões — algo que mina a credibilidade institucional e afasta a população da política local.

Enquanto isso, a Câmara segue dividida, e a sessão que deveria discutir temas relevantes para a cidade acabou marcada por um duelo verbal que deixa claro: em Andradina, o microfone do plenário virou também trincheira política.

confira o video extraido do youtube oficial: