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A Secretaria Municipal de Saúde de Andradina deu início, nesta segunda-feira (6), à nova edição do programa “Andradina Limpa”, uma grande ação preventiva de combate à dengue. O trabalho, que antecede o período de chuvas e calor, visa eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti e mobilizar a população para manter quintais e terrenos livres de materiais que acumulam água.
A secretária de Saúde, Maristela Marinho, explicou em entrevista exclusiva à Rádio Metrópole
FM que o programa começou pela Vila Mineira, um dos bairros mais populosos do município, e permanecerá por uma semana em cada região. “Os agentes de combate a endemias estão visitando as casas, orientando os moradores sobre o que pode ser descartado e quando o caminhão passará para recolher os materiais”, informou.
Segundo Maristela, galhos de árvore e materiais de construção não serão recolhidos, devendo ser levados ao ecoponto. “É importante que a população colabore, receba bem os agentes e siga as orientações. Precisamos agir agora para evitar um aumento de casos de dengue no verão”, reforçou.
O mutirão é um trabalho intersetorial, envolvendo as secretarias de Saúde, Obras, Meio Ambiente, Educação e o Almoxarifado Municipal. Após a Vila Mineira, a programação segue para Vila Rica e Vila Piscina, seguindo o cronograma de limpeza por toda a cidade.
Durante a entrevista, Maristela também alertou sobre o risco das bebidas adulteradas, após notificações de três casos na região de Araçatuba, sendo um deles grave. A Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, iniciará fiscalizações rigorosas em bares, mercados e lanchonetes, inspecionando notas fiscais, procedência e condições das bebidas.
“É uma orientação do Estado para intensificar o controle. A população também deve ficar atenta e só consumir bebidas com procedência garantida, adquiridas em locais confiáveis”, reforçou a secretária.
Maristela também comentou o recente episódio de violência na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde um paciente agrediu um médico e uma enfermeira. O agressor, segundo a secretária, era funcionário público e foi conduzido à delegacia após o ocorrido.
“É inaceitável qualquer tipo de agressão. O profissional está ali para cuidar, e a violência não resolve nada. Temos uma empresa de segurança 24h na unidade, mas lamentavelmente esse homem entrou com a esposa e partiu para a agressão”, lamentou.
A secretária reforçou que a UPA é destinada apenas para atendimentos de urgência e emergência. Casos simples ou crônicos devem ser acompanhados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ao chegar na unidade, o paciente passa pela classificação de risco, conforme o protocolo de Manchester, que determina a prioridade do atendimento.
“Se houver dúvida ou insatisfação, o usuário deve procurar a gerente da unidade ou a ouvidoria, nunca recorrer à violência”, ressaltou Maristela.
Outro tema abordado foi o CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), sistema estadual responsável pelo encaminhamento de pacientes para consultas e exames especializados.
“O CROSS é um sistema do Estado, não da Prefeitura. Colocamos o pedido e aguardamos a liberação da vaga. Algumas especialidades têm maior fila, e dependemos da disponibilidade regional”, explicou.
A secretária também fez um apelo à população sobre as faltas em consultas e exames. “Muitos pacientes confirmam e não comparecem. Recentemente perdemos um exame caro de cintilografia do miocárdio. Isso é desperdício de recurso público e tira a vaga de quem realmente precisa”, lamentou.
Por fim, Maristela lembrou que a população pode registrar elogios, críticas ou sugestões diretamente no site da Prefeitura de Andradina, acessando o menu Cidadão → Ouvidoria.
“Estamos à disposição para ouvir e melhorar. A participação da comunidade é essencial para o sucesso das nossas ações de saúde”, finalizou.
Ouça a entrevista :